sexta-feira, 5 de julho de 2013

Uma castanha por dia!

Um estudo da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, atesta que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará, que recentemente foram rebatizadas castanhas-do-brasil, eleva em 65% o teor de selênio no sangue. 
Mas provavelmente os neozelandeses não usaram o legítimo produto brasileiro, pois as castanhas produzidas no Norte e no Nordeste são tão ricas em selênio que bastaria comer uma só para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma, no mínimo, 55 microgramas por diaE com uma única unidade da nossa castanha já é possível encontrar bem mais do que 200 microgramas do mineral.



E por que toda essa fama do selênio? Ele é essencial para acionar enzimas que combatem os radicais livres, conforme a pesquisa neozelandesa. O selênio se liga a algumas proteínas já existentes em nosso corpo para formar  enzimas antioxidantes, e na ausência dele, as tais enzimas ficam sem atividade e, então, deixam de combater os radicais e ainda desguarnecem as defesas do organismo. Com a presença das enzimas antioxidantes, as células nervosas seriam preservadas, evitando o surgimento de doenças neurodegenerativas com a idade. Justamente por isso, os pesquisadores começam a estudar os possíveis benefícios do selênio em portadores do mal de Alzheimer.

A tireóide também funciona melhor na presença do selênio, uma vez que na falta desse elemento ela não consegue produzir direito seus célebres hormônios. O mineral também está intimamente associado à capacidade do organismo de se livrar de substâncias tóxicas, ajudando-o inclusive a expulsar possíveis metais pesados que se alojam nas células.

Apesar de tudo isso, e bom apreciar com moderação. O consumo equilibrado é que faz todas essas enzimas que dependem do nutriente trabalharem de forma adequada. Em excesso, o selênio não vai potencializar sua ação, e o pior: corre-se o risco de toxidade se consumidos mais que 800 microgramas por dia.

Alem disso da vantagem desse mineral presente, vários estudos relatam que a amêndoa da castanha-do-para contém de 60 a 70% de lipídeos e cerca de 15 a 20% de proteínas de alto valor biológico. Constatou-se que a castanha-do-pará, contém uma fração lipídica de boa qualidade e alto valor alimentar, denominados de ácidos graxos poli-insaturados, que totalizam 75,17% dos ácidos graxos totais.
Alem do selênio, a dita cuja também contém outros minerais considerados importantes para o organismo humano (teores médios em miligramas por 100 g de matéria seca):
Fósforo - 564,50 mg
Cálcio - 206,75 mg
Magnésio - 312,50 mg
Potássio - 514,75 mg
Zinco - 7,10 mg
Manganês - 6,86 mg
Cobre - 1,17 mg

Essa nossa castanha é poderosa, não?

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